quinta-feira, 17 de setembro de 2009

sim, eu estou viva


questionar os próprios valores, os paradigmas que norteiam nossas ações e, por conseguinte, a vida que se tem é um exercício de honestidade e crescimento. não são todas as pessoas que escolhem entrar nessa busca, pois isso nos obriga a deparar-nos com nossas próprias limitações. aliás, as pessoas que costumam fazer isso diariamente são cotidianamente propensas a uma grande desconstrução interna, não precisam escolher entrar nesse caminho, elas dormem e acordam com a idéia de que o grande dia da mudança está chegando, seja lá qual for a mudança, ela sempre vai chegar e mais de uma vez. de repente, a invalidez de idéias antigas toma conta do juízo e o sujeito é invadido por uma chuva de auto-reprovações, talvez contra sua própria vontade imediata, e então sofre. mas lá atrás ele decidiu correr esse risco. esse é o risco que, no fundo, escolhemos na tentativa de ficarmos mais próximos da nossa essência. pessoas inteligentes se permitem sofrer. mas existem aquelas que pautaram suas vidas sempre em fundamentos superficiais e momentos de "revisão" (como esse em que você se encontra) nunca chegam, não têm espaço pra isso. é quando a forma aprisiona o conteúdo. alguns limites existem para serem transpostos, pois quanto mais reflexão e mais vontade de questionar as próprias estruturas, mais íntegros serão nossos princípios. escutar você dizendo que minha presença desencadeou tudo isso em você faz-me sentir MUITO VIVA. significa que carrego em mim esse movimento veloz e por isso ando exalando energias transformadoras que ao entrar em contato com outros seres viram combustíveis potentes capazes de girar a engrenagem da vida, pois, pra mim, vida é isso: constante mudança, ressignificação. obrigada por me fazer sentir-me viva.

para Eduardo.